sábado, 25 de dezembro de 2010

Equilíbrio

Eu perdi [pouco]
e ganhei
[muito]
ri e chorei 
  [e chorei de tanto rir]
Conquistei e fui conquistada
Rejeitei e senti o gosto, amargo
de ser rejeitada... esquecida
  [percebi que não era amada como pensava e isso dói!]
como....via tal sentimento.
Chorei novamente - de raiva agora, com lágrimas de sangue.

Eu era infeliz e renunciei a isso...
perdas, porém, outros vários ganhos surgiram
menores, maiores, insensatos. Meus,
de mais ninguém, sem ninguém roubar isso de mim.

Aprendi, comecei a dar mais valor à pequenas coisas
[e as grandes também].
Minha cabeça dói, parecendo que meu cérebro vai estourar
de tanta informação
tanto conhecimento
tanto... amor pelo que eu faço.

2010: perdi, ganhei, ri, chorei, amei, conquistei, sorri, renunciei, aprendi.

Se eu puder pedir uma coisa em 2011 é um pouco mais de
discernimento.
De que meus olhos
vejam a realidade ~ como ela é
fria, cruel, maravilhosa,
sem fantasias. Sem ilusões.

E eu quero os que estão próximos a mim
eu quero, eu desejo, eu luto
que sejam felizes
da forma que eles quiserem ser felizes.


[agora que a terra é redonda
E o centro do universo é outro lugar
É hora de rever os planos
O mundo não é plano, não pára de girar
Agora que o tempo é relativo
Não há tempo perdido, não há tempo a perder]

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Amor amor

Sou uma romântica incorrigível, isso é fato.
Posso ver amor em qualquer lugar, a qualquer momento (em qualquer pequeno momento!)

Talvez seja uma ilusão, uma crença em algo que não se sabe se existe, mas vejo o amor no respeito em dois estranhos na rua, em crianças que andam com suas mãozinhas firmemente dadas à mão da mãe. Em simplesmente, uma troca de olhares.

[e se nunca ocorreu uma troca de olhares?]

Muitas vezes, penso o quanto isso é bom. E não encontro resposta coerente o suficiente para 'parar' de ver esse amor.



[um dia desses, num desses encontros casuais.]

domingo, 28 de novembro de 2010

Butterfly

Sinto borboletas no estômago, dançando de maneira perfeita,
praticamente, simetricamente.
Elas me deixam em êxtase, ansiosa, curiosa, com um gosto de querer mais,
de saber mais,
de experimentar mais.
Elas não param... sinto-as a todo momento, alguns momentos
mais lentas
outras vezes, agitadas - hiperativas
Como se fossem dominar meu organismo inteiro.

E isso, eu acho que se dá, por saber a verdade, desde o início.
Nada de meias palavras nada de,
Falsas promessas.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

[ainda]

e me diga que eu não tenho razão,
comprove que os sentimentos existem
[ainda]
que [ainda] temos algo em comum e que podemos
nos olhar e entendermos o que está acontecendo
que [ainda] podemos dar as mãos e sentir
o que foi sentido da primeira vez

[ainda] que isso não aconteça mais.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Passa mais um dia, mais uma noite
e nada de eu saber -
pra onde vai, de onde vem
esse friozinho, essas borboletas
que sobem da ponta dos dedos até a espinha
e acredite! Me deixa com os pêlos arrepiados
toda vez que penso em você.


-=-=-=-=-=


Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?
- Mário Quintana -

terça-feira, 9 de novembro de 2010

"Me perco em devaneios
uma mistura de lembranças
de desejos e
de fantasias que tenho no meu mais íntimo.

Sinto os olhares de estranhos quando sorrio sozinha
porque só eu sei
o que está acontecendo.

Ouço meu nome ser chamado ao longe,
mas não consigo voltar à realidade.

E nem quero."

domingo, 31 de outubro de 2010

Confuso

Como se um alarme fosse disparado em sua mente cada vez que penso em me afastar, você se reaproxima, de alguma maneira, seja ela sutil ou avassaladora, falando tudo o que pensa e me deixando sem reação.
Penso em não mais dar atenção, não me importar, não me... tantos 'não me' que me fogem a cabeça agora e que se eu tentasse lembrar de todos, passaria alguns bocados na frente dessa tela que ilumina o meu rosto me instigando a escrever.

Invento novas histórias, corro para outros caminhos, sem às vezes, dar a atenção necessária para distinguir o que se torna certo e errado. Não sei ao certo se quero distinguir o certo do errado à essa altura. C'est la vie, já ouvi muitas vezes.

C'est la vie.

[nada mais digno do que transmitir a confusão que sinto]

[eu já matei você mil vezes]

domingo, 17 de outubro de 2010

Mãos

Por muitas vezes, o sentimento forte que existe foi abafado, de uma forma que parecia "não existir" mais. Besteira! Uma sensação de bem-estar não sentida há muito tempo: uma leveza em cada passo, um pensamento solto em cada encontro de olhares. Ficar de mãos dadas nunca foi tão importante, até o momento que as mãos começaram a se unir por vontade própria: o contato das palmas, o entrelaçar suave dos dedos.

As gargalhadas dadas saíam tão fluidas, tão naturais, que foi gostoso soltar cada gargalhada. Hoje, é possível entender que não é necessário estar próximo fisicamente todo o tempo, porque a sensação de proximidade permanece. A simetria é quase perfeita; quase, não de todo, senão não haveriam os tropeços, as batidas, a desatenção tão comum em andar na rua.

A resposta para qualquer pergunta: sim, estou feliz! E é isso que importa.

[Tententender, quero abrigo. E não consigo ser mais direto]

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Equilíbrio

Ouço gritos que machucam os ouvidos e olho ao redor, procurando quem grita dessa maneira para ajudar a se livrar de tal sofrimento. Esses gritos são ouvidos por horas intermináveis ou por segundos apenas, em qualquer lugar que eu esteja. Às vezes, o silêncio é tão grande que eu fico assustada pensando se há alguém ao meu redor, ou se me encontro sozinha ao ponto de não aguentar tal solidão. Falo para as pessoas de tais gritos e ninguém mais os ouve, ninguém mais se importa com tal silêncio. Porque só eu ouço esses gritos? Porque só eu sinto esse silêncio?


["Não somos mais que um punhado de mar..."]

domingo, 1 de agosto de 2010


Uma vez eu escrevi: "Os amigos e os meros conhecidos... pintam sua melhor máscara, com suas cores mais vibrantes, de modo que nos passam a impressão de serem as pessoas mais felizes, mais amigas e mais confiáveis. São em pequenas ações, em imperceptíveis segundos que podemos notar a superficialidade destas pessoas. Estão ao teu lado e são teus amigos até o momento em que melhor lhe é oportuno; depois disso, perder-se o interesse por aquilo que já conseguiram de ti...meros conhecidos! Conhecidos em que o olho não brilha quanto te vê chegando ou quando recebe uma boa notícia. Aí, nesses mesmos imperceptíveis segundos, notamos a presença de pessoas ao nosso lado que comprovam o contrário... que estão ao teu lado independentemente da situação, dos conflitos, do tamanho da alegria. Estão ao nosso lado pelo simples fato de estar ao nosso lado. São poucos que despertam esse sentimento de segurança, de respeito...mas que quando despertam, mudam nossa vida."


Isso se torna cada vez mais real, cada vez mais visível, em todos os aspectos. Algumas pessoas conseguem ser tão hipócritas de virar o rosto pra ti por uma eternidade, sem algum motivo aparente (ou desculpe, eu não percebi qual o motivo!) e de repente, bam!, sorriem pra ti, dando um oi. Me diga, há arrependimento no ódio repentino ou uma onda de generosidade apossou esses pobres corações? São almas que estão procurando um pouco de paz ou são alguns momentos de insanidade provocados pelo álcool, pela situação? Talvez seja um pouco de ingenuidade minha, em às vezes, acreditar nessa onda de generosidade. Até que se passe aqueles "imperceptíveis segundos" citados acima.

Prefiro estar sozinha a estar próxima de pessoas que não sabem exatamente o que estão fazendo na minha vida; tenho um grupo seleto e pequeno de bons amigos, que esses sim, eu defendo por qualquer coisa. Sei que posso contar para qualquer coisa boa ou ruim e sei que estarão lá pra me apoiar, mesmo não estando o tempo todo presente - fisicamente falando. Esse grupo pequeno nunca se afastou, nunca me desestimulou.


(Here I go again - Whitesnake)


(Cris, Bah, Somensi, Nati, Julinha, Paula, Ana Paula, Carol, Dalvan, Bina, Camila, Rafa, Rafaela, Lale, Fran)

domingo, 23 de maio de 2010

Pequenos eventos


Uma idéia que surgiu, de uma hora pra outra de... sair de casa. Estrada, verde de um lado, verde de outro, o sacolejar do ônibus. Cheguei onde queria... e pequenos eventos marcaram meu grande dia.

Um almoço, um caminhar no parque, um pouco de sol na cara, um chimarrão e uma conversa ...talvez não tudo que queria ouvir e conseguir compreender, mas uma conversa boa, no fim das contas.

A chuva... veio rápida, forte e me fez rir, solta. E ver que esse pequeno momento de chuva era o que eu precisava me fez agradecer o dia. E ouvir dos olhos, Aaah, eu nao esperava por isso. E mais uma vez, me surpreendeu. Obrigada.


(sem dizer adeus - Paulinho Moska)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Calor


O fogo... talvez seja o que mais fascina o homem. Suas danças, suas cores, seu calor.


Danças de acordo com a melodia do vento, com o aspecto de estar tranquilo, queimando devagarito, até que venha uma rajada um pouco mais forte e ele sibila, sibila como que enfurecido repentinamente; suas cores alteram-se rapidamente, variando do laranja ao vermelho vivo, com todo brilho do azul que lhe incendeia. Esquenta e por isso também é agraciado... mas queima quem ousa chegar muito perto; sem a intenção de queimar, mas queima pouco, ou queima muito. Depende a distância que se queira tomar da sua fascinação.

(Trampolim - Moska)

domingo, 24 de janeiro de 2010

Ombros


O peso, que avassala meus ombros deu uma trégua. Não os sinto mais tão doloridos, tão marcados de carregar esse sentimento. Às vezes, me pego pensando que sentimento poderia ser esse que me pesa, que me tira a força - e não chego a conclusão nenhuma. Culpa?? De quê, exatamente? Sim, sinto-a, mas num tom bem leve que não chega a incomodar - não sou perfeita e assumo a culpa que sinto. Medo? Sim, isso me pesa bastante ao deixar que esses medos se acumulem no meu coração, independente de ser um medo trivial de uma aranha como um medo insuportável de ser pensado... dolorido. Solidão? Sim, mas é necessário que eu me ame para não me sentir tão solita. E posso dizer que ando bem atraída por mim!

Não vou admitir me deixar levar o tempo todo por esses pensamentos. O que importa é que o peso diminuiu e meus ombros voltaram a ficar retos.


(Alívio Imediato - Engenheiros do Hawaii)