segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Equilíbrio

Ouço gritos que machucam os ouvidos e olho ao redor, procurando quem grita dessa maneira para ajudar a se livrar de tal sofrimento. Esses gritos são ouvidos por horas intermináveis ou por segundos apenas, em qualquer lugar que eu esteja. Às vezes, o silêncio é tão grande que eu fico assustada pensando se há alguém ao meu redor, ou se me encontro sozinha ao ponto de não aguentar tal solidão. Falo para as pessoas de tais gritos e ninguém mais os ouve, ninguém mais se importa com tal silêncio. Porque só eu ouço esses gritos? Porque só eu sinto esse silêncio?


["Não somos mais que um punhado de mar..."]

domingo, 1 de agosto de 2010


Uma vez eu escrevi: "Os amigos e os meros conhecidos... pintam sua melhor máscara, com suas cores mais vibrantes, de modo que nos passam a impressão de serem as pessoas mais felizes, mais amigas e mais confiáveis. São em pequenas ações, em imperceptíveis segundos que podemos notar a superficialidade destas pessoas. Estão ao teu lado e são teus amigos até o momento em que melhor lhe é oportuno; depois disso, perder-se o interesse por aquilo que já conseguiram de ti...meros conhecidos! Conhecidos em que o olho não brilha quanto te vê chegando ou quando recebe uma boa notícia. Aí, nesses mesmos imperceptíveis segundos, notamos a presença de pessoas ao nosso lado que comprovam o contrário... que estão ao teu lado independentemente da situação, dos conflitos, do tamanho da alegria. Estão ao nosso lado pelo simples fato de estar ao nosso lado. São poucos que despertam esse sentimento de segurança, de respeito...mas que quando despertam, mudam nossa vida."


Isso se torna cada vez mais real, cada vez mais visível, em todos os aspectos. Algumas pessoas conseguem ser tão hipócritas de virar o rosto pra ti por uma eternidade, sem algum motivo aparente (ou desculpe, eu não percebi qual o motivo!) e de repente, bam!, sorriem pra ti, dando um oi. Me diga, há arrependimento no ódio repentino ou uma onda de generosidade apossou esses pobres corações? São almas que estão procurando um pouco de paz ou são alguns momentos de insanidade provocados pelo álcool, pela situação? Talvez seja um pouco de ingenuidade minha, em às vezes, acreditar nessa onda de generosidade. Até que se passe aqueles "imperceptíveis segundos" citados acima.

Prefiro estar sozinha a estar próxima de pessoas que não sabem exatamente o que estão fazendo na minha vida; tenho um grupo seleto e pequeno de bons amigos, que esses sim, eu defendo por qualquer coisa. Sei que posso contar para qualquer coisa boa ou ruim e sei que estarão lá pra me apoiar, mesmo não estando o tempo todo presente - fisicamente falando. Esse grupo pequeno nunca se afastou, nunca me desestimulou.


(Here I go again - Whitesnake)


(Cris, Bah, Somensi, Nati, Julinha, Paula, Ana Paula, Carol, Dalvan, Bina, Camila, Rafa, Rafaela, Lale, Fran)