domingo, 31 de outubro de 2010

Confuso

Como se um alarme fosse disparado em sua mente cada vez que penso em me afastar, você se reaproxima, de alguma maneira, seja ela sutil ou avassaladora, falando tudo o que pensa e me deixando sem reação.
Penso em não mais dar atenção, não me importar, não me... tantos 'não me' que me fogem a cabeça agora e que se eu tentasse lembrar de todos, passaria alguns bocados na frente dessa tela que ilumina o meu rosto me instigando a escrever.

Invento novas histórias, corro para outros caminhos, sem às vezes, dar a atenção necessária para distinguir o que se torna certo e errado. Não sei ao certo se quero distinguir o certo do errado à essa altura. C'est la vie, já ouvi muitas vezes.

C'est la vie.

[nada mais digno do que transmitir a confusão que sinto]

[eu já matei você mil vezes]

domingo, 17 de outubro de 2010

Mãos

Por muitas vezes, o sentimento forte que existe foi abafado, de uma forma que parecia "não existir" mais. Besteira! Uma sensação de bem-estar não sentida há muito tempo: uma leveza em cada passo, um pensamento solto em cada encontro de olhares. Ficar de mãos dadas nunca foi tão importante, até o momento que as mãos começaram a se unir por vontade própria: o contato das palmas, o entrelaçar suave dos dedos.

As gargalhadas dadas saíam tão fluidas, tão naturais, que foi gostoso soltar cada gargalhada. Hoje, é possível entender que não é necessário estar próximo fisicamente todo o tempo, porque a sensação de proximidade permanece. A simetria é quase perfeita; quase, não de todo, senão não haveriam os tropeços, as batidas, a desatenção tão comum em andar na rua.

A resposta para qualquer pergunta: sim, estou feliz! E é isso que importa.

[Tententender, quero abrigo. E não consigo ser mais direto]