quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O vento


Posso sentir o vento na cara enquanto caminho lentamente - em contraste ao meu pensamento, que corre em um frenesi sem fim, correndo em busca de algo que nem posso descrever com palavras coesas. Essa busca tem altos e baixos, onde, no auge da "curiosidade" o pensamento não dá descanso ao corpo, que se sente fatigado, exausto. Quando a "curiosidade" passa, posso sentir um sono tão profundo, que não levantaria da cama por dias inteiros.

Essa busca não tem fim, não aparenta ter nome e nem fundamento; parece ser meu cérebro achando mais um espacinho em meio aos meus ossos para se expandir - e às vezes, o sinto - seja em uma enxaqueca ou num gole de cerveja. O vento, que agora se torna mais intenso me faz abrir os olhos, com toda a força, para sentir o sol que bate rente à pele, que aquece - e que acalma os pensamentos.





("...não sei se me levo ou se me acompanho")